terça-feira, 27 de julho de 2010

Pedaços

Quero perder um pouco da sensibilidade.
Quero deixar de sofrer, de gostar, de querer, de arrepiar, de temer...
Como uma pedra, sentir apenas o que o vento trás.
Ser moldada pelo tempo e por pequenas partículas que arrancam e acrescentam pedaços.
Não se engane!
Isso não é sofrer.
É calar-se!

sábado, 24 de julho de 2010

O Bem


Fazer a coisa certa é tão prazeroso e doloroso, que é preciso força e coragem.
Temos medo de admitir nossos erros e fraquezas, tentamos mostrar que somos fortes e superiores, quando na verdade agimos covardemente nos escondendo por trás de máscaras e personagens. Tudo isso pra esconder os nossos erros.
Pois hoje eu digo que não há força maior que a sinceridade, não nada de mais belo que a humildade.
E como é boa a sensação de ter feito a coisa certa. Nos sentimos puros de novo, nos sentimos como criança que na sua ingenuidade demonstra o que ela realmente é.
Pois que sejamos crianças, pelo menos que tenhamos os seus corações.
Não sejam sinônimos, sejam o próprio nome.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

ROSA

Tu és divina e graciosa
Estátua majestosa
No amor!
Por Deus esculturada
E formada com ardor...

Da alma da mais linda flor
De mais ativo olôr
Que na vida é preferida
Pelo beija-flor...

Se Deus
Me fora tão clemente
Aqui neste ambiente
De luz, formada numa tela
Deslumbrante e bela...

Teu coração
Junto ao meu lanceado
Pregado e crucificado
Sobre a rosa e a cruz
Do arfante peito teu...

Tu és a forma ideal
Estátua magistral
Oh! alma perenal
Do meu primeiro amor
Sublime amor...
Tu és de Deus
A soberana flor
Tu és de Deus a criação
Que em todo coração
Sepultas um amor...

O riso, a fé, a dor
Em sândalos olentes
Cheios de sabor
Em vozes tão dolentes
Como um sonho em flor...

És láctea estrela
És mãe da realeza
És tudo enfim
Que tem de belo
Em todo resplendor
Da santa natureza...

Perdão!
Se ouso confessar-te
Eu hei de sempre amar-te
Oh! flor!
Meu peito não resiste
Oh! meu Deus
O quanto é triste
A incerteza de um amor
Que mais me faz penar
Em esperar
Em conduzir-te
Um dia ao pé do altar...

Jurar aos pés do Onipotente
Em preces comoventes
De dor, e receber a unção
Da tua gratidão...

Depois de remir meus desejos
Em nuvens de beijos
Hei de envolver-te
Até meu padecer
De todo fenecer...


(Pixinguinha)

Ela

Ela ama
Ela grita
Ela teme
Ela odeia
Ela geme
Ela chora
Ela sonha
Ela não sabe...
Ela está viva!

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Doce

Não era doce!
Mesmo tendo acreditado que poderia dá certo,
mesmo com aquele começo errado, não se tornou doce...
Doce! Como calda de chocolate no sorvete, ou como mel no leite quente,
eu acreditei e torci que fosse, mas não foi.
Não foi porque não era meu, não foi porque nunca será.
Eu senti o gosto amargo do gostar.

Grito Interno


Posso finalmente gritar. Dizer à todos o que sinto, o que vejo e o que quero.

Posso me sentir nua, sem rótulos, sem marcas, sem imagem, sou somente alma.

Não quero que ninguém me compreenda, pois essa dádiva nem eu tenho, mas exijo que me respeitem.

Esse é o meu espaço, é o meu INFINITO PARTICULAR, onde posso finalmente SER! Acima de qualquer coisa SER!!

Estou aos gritos... Sejam todos bem-vindos!